Olhei lá para fora e vi que o dia estava bonito... Pelo menos estava sol, não havia nuvens. A arrogância do frio tinha dado lugar ao caloroso sol. No entanto, continuava a faltar um pedaço de mim.
Aquele pedaço da minha existência que fazia de mim uma pessoa; sim, porque agora não passo de um objecto pelo qual todos passam e olham sem realmente ver.
Sorri pelo simples facto de por vezes, eu própria, nem reparar na minha existencia... naqueles momentos em que fico a pensar em tudo o que perdi e na imensidão de coisas que mudaram.
Foi justo para ambos, acho. Talvez ele arranje alguém melhor, mais digna e merecedora do seu amor. Aquele amor maldito, que não me deixava continuar, seguir em frente.
Senti uma brisa de ar fresco a entrar pela janela. Aquela sensação fazia-me lembrar o dia em que tudo começou. Um arrepio percorreu a minha coluna vertebral sob a lembrança de tal acontecimento.
Desde que ele se separara de mim que tudo tem sido distante, sem significado. Apesar de ter alguém que me ame incondicionalmente a todo o tempo, falta-me aquele pedaço. Aquele que eu pensava ser uma pequena percentagem do meu coração, da minha existência, da minha alma...
Sinto tanto a sua falta! Terei feito a escolha certa? Algum dia irei descobrir a resposta a tal pergunta?
Pensar em tais coisas não me fizera bem nenhum. Tinha de tomar uma atitude, esta situação não podia continuar. Um último suspiro, um último pensamento. Um ultimo adeus.
«Adeus, B. Sinto a tua falta. Será que um dia me irás perdoar por todo o mal que te fiz? Será que um dia voltas para o sitio onde pertences?» - Pensei para comigo, e fazendo perguntas às quais sabia que nunca iria ter resposta.
Um adeus, talvez para sempre.
Beijos com amor.
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