- Deixa-me falar. Ouve-me. Não interrompas, apenas ouve. Tu não me és indiferente, és muito giro, simpático e eu gosto do teu jeito de ser. Se me tivesses perguntado noutra altura iria continuar a negar, mas chegou a hora de dizer o que penso. Dizer-te a ti, enquanto te olho nos olhos, nos teus olhos verdes. Agora tu sabes e agora tu decides o que fazer. Não precisas de me evitar ou de deixar de me falar, basta seres tu próprio, segue o que sentires.
- Não, não vou deixar de falar contigo.
- Não acredito em ti. Tu não gostas de mim, eu sei. Para não me magoares vais evitar cada canto onde eu esteja, vais baixar a cabeça sempre que eu passar por ti; vais fingir que não me conheces. Eu já conheço as tuas entrelinhas.
- Tens razão. Eu não gosto de ti. Nunca gostei. Nunca pensei ser teu amigo sequer. Desculpa.
- Não tem problema. Eu sei. Sempre soube. Mas queria que soubesses o que sinto antes de te esquecer. Não queria pensar sempre "e se lhe tivesse dito?" Agora já sabes.
- Eu sei. Obrigada por me teres dito isso. Mas podemos continuar amigos?
- Podemos. Eu já não espero nada de ti. Uma amizade era bom, eu gostava. Tu queres ser meu amigo?
- Podemos tentar, se quiseres. Por mim podemos ser...
- Obrigada.
Eles ficaram amigos e hoje bebem todos os dias um capuccino no café do Sr. Manuel e conversam sobre o tempo, politica, sociedade e tudo o que lhes vai na mente. Ela seguiu com a sua vida e ele ganhou uma grande amiga, para toda a vida.
"É uma força que nos faz unir e voltar atrás, unir e voltar atrás"
Beijos com amor.
13.04.2010 pelas 22:20
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